sexta-feira, 22 de abril de 2022

Um dos setores que mais cresceu mesmo com a pandemia: O Agronegócio

     


O conceito de agronegócio tem origem americana, conforme afirmado por pesquisadores da Universidade de Harvard, John Davis e Ray Goldberg em 1995 (SEEA, 2010). No Brasil a ideia se difundiu nos anos 80. Primeiramente foi utilizado o termo “agribusiness” que definia o processo de produção de derivados agrícolas, tanto quanto a transformação, armazenagem e a distribuição, na atualidade o termo agronegócio envolve toda a cadeia produtiva de derivados agrícolas. O grande avanço tecnológico e a revolução verde proporcionaram um significativo avanço na produtividade rural, aumentando razoavelmente à produção de alimentos e derivados agrícolas em todo o mundo. Abrangendo diversos setores de produção como a agricultura e a pecuária, o agronegócio é uma das principais atividades econômicas do Brasil sendo um dos pilares da economia do País, é responsável por ¼ do PIB e continua em expansão apesar da crise financeira mundial em decorrência da pandemia, alcançou em 2021 um PIB de 8,36% o maior desde 2004. Tendo o maior destaque nos seguimentos primários e de insumos.


Há vários motivos para essa expansão deste setor, e um deles é o aumento na exportação, levando em conta a desvalorização da moeda em comparação ao dólar, por exemplo, o que resulta em venda no comércio internacional com maior vantagem do que no mercado nacional. Outro motivo seria a modernização dos leilões por meios digitais e também e-commerce, que foi um dos avanços digitais de maior destaque. Durante o tempo em que alguns países fecharam suas fronteiras e proibiram a exportação de mercadorias, o Brasil seguiu em frente, e com as atividades das lavouras brasileiras e o destaque no mercado mundial de carnes e cereais (grãos), o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio brasileiro ampliou-se 23% em 2020, contribuindo para a melhora do PIB nacional.

No ramo agrícola o PIB cresceu 14,46% nos primeiros meses de 2021, o segmento primário teve destaque nesse crescimento que se deu especialmente pelo alto patamar real dos preços agrícolas. Em contrapartida, o aumento deste segmento não foi ainda maior por conta das expressivas quebras de produção devido ao clima desfavorável e ao aumento significativo dos custos de produção.

O PIB teve queda de 2,18% no primeiro semestre de 2021 relacionado ao agronegócio, o principal fator foi o aumento expressivo dos custos com insumos. No segmento primário (pecuária) com resultados bem menores devido às fortes elevações dos preços dos animais vivos e do leite a alta dos custos foi maior. A agroindústria pecuária reagiu de maneira igual, de modo que o PIB recuou as altas das matérias-primas e não puderam ser repassadas aos preços negociados.

O agronegócio teve grande participação no mercado de trabalho brasileiro com cerca de 20,21% em 2021, contra 20,1% em 2020. O número elevado de pessoas trabalhando em 2021 foi o maior desde 2016, quando a população ocupada totalizou 18,46 milhões de pessoas. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ainda indicam que o agronegócio abriu 150 mil vagas de trabalho em 2021. Conforme com a PNAD/2015, dos mais de 90 milhões de trabalhadores brasileiros, estima-se que cerca de 30 milhões estão no agronegócio. A pandemia surpreendeu a todos, mexendo não apenas com a saúde da população, mas também com a economia mundial. Todos os setores, como serviços, comércio e indústria, foram afetados e aumentaram significativamente o desemprego, o preço dos alimentos, o custo de produção e a necessidade da intervenção do governo para ajudar as famílias mais carentes. Contudo um segmento da economia, o agronegócio, conseguiu se manter efetivo, tendo peso tanto na rotina quanto na economia brasileira.

O que se pode perceber é que esses serviços têm grande parcela de contribuição empregatícia e econômica no Brasil, sendo recomendados estudos que viabilizam e investem nesse setor e em seus produtores, bem como, uso de defensivos a serem elaborados e tratados no País, assim diminuindo a necessidade de importação e também acarretando em uma maior independência de insumos e defensivos externos.




Kleydson Jurandir Gonaçalves Feio - Mestre (UnB) e Doutorando em Eoconomia (UFPA)
Brenda Marra - Estudante de Contabilidade
Gilmar Junior - Estudante de Contabilidade
Tatiane Bezerra - Estudante de Contabilidade - Estudante de Contabilidade- Estudante de Contabilidade

BIBLIOGRAFIA:
https://www.cepea.esalq.usp.br/br/opiniao-cepea/agronegocio-brasileiro-importancia-e
complexidade-do-setor.aspx
https://www.cepea.esalq.usp.br/br/opiniao-cepea/mercado-de-trabalho-e-pandemia
agronegocio-evidencia-resiliencia-frente-a-crises.aspx
https://www.cnabrasil.org.br/boletins/agropecuaria-e-destaque-no-pib-e-cresce-mesmo
com-coronavirus
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/agropecuaria-e-unico-setor-com
crescimento-na-pandemia-diz-ibge

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